quarta-feira, 8 de setembro de 2010

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Qual o propósito da Bíblia

Nenhuma biografia tem transformado tantas vidas como a vida de Jesus
O fator mais importante – que classifica a Bíblia como o livro mais singular – é a influência que ela tem sobre a vida dos homens. Embora a Sagrada Escritura seja um grande tesouro com respeito à sua contribuição para humanidade em literatura, filosofia e história, o maior valor deste livro se encontra na grande influência que exerce sobre as pessoas. Através de suas páginas o homem se vê exposto à sua verdadeira condição diante de Deus; a Palavra de Deus é como uma espada que penetra até os pensamentos e propósitos do homem e o convence de seus pecados diante do Todo-poderoso (cf. Hb 4:12). "Porque a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração").

Santo Agostinho era um homem indisciplinado e libertino em sua juventude, porém, sua mãe orava por ele enquanto ele crescia. Depois de levar uma vida dissoluta por muitos anos, certo dia, com trinta e um anos de idade, ao ler a Bíblia debaixo de uma figueira, chegou ao trecho que diz "Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes, mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e nada disponhais para a carne, no tocante às suas concupiscências" (Rm 13:13-14). Essas palavras o convenceram dos seus pecados e ele se arrependeu diante do Senhor e se tornou um servo de Cristo.

No curso da história, muitas pessoas famosas foram movidas a crer em Cristo e a ler a Sagrada Escritura. O imperador francês Napoleão, após ter sido derrotado e exilado na ilha de Santa Helena, confessou que embora ele e outros grandes líderes tivessem fundado seus impérios com uso da força, Jesus Cristo edificou Seu Reino com amor. E também confessou que embora pudesse reunir seus homens em torno dele em prol de sua própria causa, ele teria de fazê-lo falando-lhes face a face, enquanto, por dezoito séculos [na época], incontáveis homens e mulheres se dispuseram a sacrificar, com alegria, a própria vida por amor a Jesus Cristo, sem tê-Lo visto sequer uma vez.

A razão pela qual muitos se dispuseram a deixar tudo para seguir a Cristo e ser martirizados por causa d'Ele é que eles O viram revelado na Bíblia. Esse livro sagrado tem sido a fonte de inspiração para que muitos creiam em Nosso Senhor Jesus Cristo. E embora muitos reis, imperadores e governantes tenham tentado, nos últimos dois mil anos, erradicar a Bíblia, a começar pelos imperadores romanos do primeiro século até os governos ateus deste século, nenhum poder sobre a terra tem conseguido abalar a atração do homem por esse livro sagrado e pela Pessoa maravilhosa que ele revela. O Cristo revelado na Bíblia continua hoje tão vivo como há dois mil anos. Nenhuma biografia de homem sobre a terra tem transformado tantas vidas como a vida de Jesus Cristo o faz.

A Bíblia existe para que possamos compreender, temer, respeitar e amar a Deus sobre todas as coisas, assim ela se denomina a si mesma como a Sagrada Escritura: "E desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (cf. II Tm 3,15-17).

A revelação principal da Bíblia é a vida; o diabo veio para matar, roubar e destruir, mas Jesus Cristo veio para que aqueles que n'Ele cressem, e por Ele vivessem, tenham vida e vida em abundância. "O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (João 10,10). Por isso, quando lemos a Bíblia, devemos entrar em contato com o Senhor Jesus, orando para que Ele nos dê revelação da palavra lida.

"Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos" (Ef 6,17-18). E orando também para que sejamos capacitados pelo Espírito Santo para viver a Palavra de Deus, e não só apenas conhecê-la em nossa mente, pois o simples fato de conhecermos a Bíblia não nos faz cristãos; os judeus cometeram esse erro, pois eles examinavam as Escrituras, mas não conheciam a Pessoa de Cristo. "Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida" (Jo 5,39-40). Isso pode ser mais bem compreendido ao analisarmos o versículo de II Coríntios, 3,6: "O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica".

Não devemos tomar a Bíblia como um livro comum, apenas para nos trazer algum conhecimento a nossa mente, mas devemos tomá-la como um livro de vida, contatando o Senhor Jesus, através da oração, para que Ele nos conceda algo vivo em Sua Palavra, ou seja, algo que traga uma lição prática para o nosso viver no dia a dia, pois a intenção de Deus, revelada na Sagrada Escritura, não é apenas a salvação do nosso espírito, como também a salvação de todo o nosso ser, para que consigamos viver coletivamente na Igreja, que é comparada ao Corpo e à Esposa de Cristo: "O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (I Tm 2,4). "O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (I Ts 5,23). "Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo" (I Cor 12,27). "Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou" (Ap 19,7).
Padre Anderson Marçal
http://blog.cancaonova.com/padreanderson

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Origem e significado do santo Rosário e Para rezar o terço





Origem e significado do santo Rosário
Corria o ano da graça de 1214. Havia bastante tempo que o Languedoc, região meridional da França, vinha sendo assolado por uma infame e terrível heresia: a dos albigenses.


Convocada uma Cruzada para estancar o mal, o choque entre católicos e hereges não tardou a acontecer. E a terra da nobre nação francesa passou a ser o teatro de inúmeras e sangrentas batalhas em que católicos e albigenses disputavam o terreno palmo a palmo.


S DOMINGOS DE GUSMAO-2.jpgPorém, apesar de tanto sangue derramado, a heresia continuava a devastar as almas. Como mover o Céu a derrotá-la? Como obter de Deus uma vitória definitiva?


Dias de terrível aflição foram aqueles! Havia horas em que tudo parecia perdido, e a heresia triunfante tudo destruía, manchava e conspurcava.


Nesse estado de tribulação extrema da Cristandade, São Domingos, movido por inspiração divina, entra numa grande e densa floresta próxima de Toulouse (capital do Languedoc). Ali passa três dias e três noites em contínua oração e penitência, não cessando de gemer, de chorar e de se flagelar, implorando a Deus que tivesse pena de sua própria glória calcada aos pés pela heresia albigense.


Em conseqüência de tamanho ardor e esforço, acaba por cair semi-morto. E eis que então, Maria Santíssima, resplandecente de glória, lhe aparece.
A conversão dos albigenses por São Domingos


"A Santíssima Virgem, que estava acompanhada de três princesas do Céu, lhe disse: ‘Sabes tu, meu caro Domingos, de que arma a Santíssima Trindade se serviu para reformar o mundo?' - ‘Ó Senhora! respondeu ele, Vós o sabeis melhor do que eu, porque depois de vosso Filho Jesus Cristo fostes o principal instrumento de nossa salvação'. Ela continuou: ‘O instrumento principal dessa obra foi o Saltério angélico, que é o fundamento do Novo Testamento. Portanto, se queres ganhar para Deus esses corações endurecidos, reza meu Saltério'. O Santo levantou-se muito consolado e, abrasado de zelo pelo bem desses povos, entrou na catedral. No mesmo momento os sinos tocaram, pela intervenção dos Anjos, para reunir os habitantes. No início da pregação caiu uma espantosa tempestade. A terra tremeu, o sol se nublou, os trovões e relâmpagos redobrados fizeram estremecer e empalidecer todos os ouvintes. Seu terror aumentou ao verem uma imagem da Santíssima Virgem, exposta num lugar eminente, levantar três vezes os braços para o céu, para pedir ao Senhor vingança contra eles se não se convertessem e não recorressem à proteção da santa Mãe de Deus.

O Céu queria, por esses prodígios, estimular a nova devoção do santo Rosário e torná-la mais conhecida. A tormenta cessou, por fim, devido às orações de São Domingos. Ele continuou seu sermão e explicou com tanto fervor e entusiasmo a excelência do santo Rosário, que quase todos os tolosinos o adotaram, renunciando a seus erros. Em pouco tempo verificou-se uma grande mudança na vida e nos costumes da cidade."
Essa narrativa, de autoria do Bem-aventurado Alano de la Roche (1428-1475), no seu famoso livro Da dignidade doROSARIO_01 RAE 22.jpg Saltério*, é conforme a uma sólida e venerável tradição, segundo a qual a pregação do Rosário foi recomendada pessoalmente por Nossa Senhora a São Domingos.


Apesar de, modernamente, a autenticidade desses fatos haver sido contestada por vários especialistas, que alegam a ausência de documentos contemporâneos que os atestem, a crítica histórica vem demonstrando o acerto de se considerar São Domingos - fundador da Ordem dos Pregadores (os dominicanos) - como o instituidor do Rosário, e a voz de numerosos Pontífices Romanos o confirmam.


Assim, a devoção do Rosário continua estreitamente vinculada a São Domingos, sem dúvida o seu primeiro grande propagador. Obtendo excelentes frutos, ele o pregou durante o resto de sua vida "não só pelo exemplo, como de viva voz, nas cidades e nos campos, diante dos grandes e dos pequenos, dos sábios e dos ignorantes, diante dos católicos e dos hereges" 58.
Alguns anos depois da morte de São Domingos, o costume da recitação do Rosário começ0u a cair pouco a pouco em desuso, por diversas causas. Um de seus filhos espirituais, o Bem-aventurado Alano de la Roche, no século XV, trabalhando incansavelmente na restauração dessa piedosa prática, conseguiu fazê-la reflorescer e difundir por todo o orbe católico.
Coroa de rosas


São Luís Maria Grignion de Montfort (1673-1716), grande apóstolo da verdadeira devoção à Santíssima Virgem, consagrou um de seus extraordinários escritos a enaltecer as excelências do Rosário. Trata-se de O segredo admirável do santíssimo Rosário para se converter e se salvar, em cujas páginas o Santo comenta a origem dessa prática de devoção, seu significado e suas maravilhas, reveladas pela própria Mãe de Deus.


As considerações apresentadas em seguida são extraídas da mencionada obra de São Luís Grignion a respeito do Rosário.
Depois que o Bem-aventurado Alano de la Roche renovou essa devoção ao Saltério de Maria, a voz popular, que é a voz de Deus, conferiu-lhe o nome de Rosário, que significa "coroa de rosas". Quer dizer que todas as vezes que alguém reza, de modo conveniente, seu Rosário, deposita sobre a cabeça de Jesus e de Maria uma coroa formada de 153 rosas brancas e 16 rosas vermelhas do Paraíso, as quais nunca perderão sua beleza ou seu brilho. A Santíssima Virgem aprovou e confirmou esse nome MAOS DE NOSSA SENHORA COM O TER?O........jpgde Rosário, revelando a vários devotos seus que eles Lhe apresentariam tantas e agradáveis rosas quantas Ave-Marias recitassem em sua honra; e tantas coroas de rosas quantos fossem os Rosários por eles rezados.

O Irmão Afonso Rodrigues, da Companhia de Jesus, recitava seu Rosário com tanto fervor que se via, com freqüência, a cada Pai-Nosso, sair de sua boca uma rosa vermelha, e a cada Ave-Maria uma branca, igual em beleza e em bom odor.

As crônicas de São Francisco narram que um jovem religioso tinha o louvável costume de rezar todos os dias, antes da refeição, a coroa da Santíssima Virgem. Um dia, não sei por que imprevisto, deixou de fazê-lo. Tendo soado a hora do jantar, pediu a seu superior a permissão para recitá-la antes de se dirigir à mesa. Com esta licença, recolheu-se em seu quarto. Porém, como demorasse em retornar, o superior enviou um religioso para chamá-lo.

Esse religioso o encontrou no seu quarto, todo resplandecente de celeste luminosidade, e a Santíssima Virgem e dois anjos junto dele. À medida que ele dizia uma Ave-Maria, uma bela rosa saía de sua boca; os anjos recolhiam as rosas, uma após outra, e as colocavam sobre a cabeça da Santíssima Virgem, que manifestava sua alegria com tais adornos. Dois outros religiosos, enviados para ver a causa da demora dos primeiros, presenciaram todo esse mistério, e Nossa Senhora só desapareceu quando a coroa foi inteiramente recitada.

O Rosário é, pois, uma grande coroa, e o Terço [a terça parte do Rosário] é um pequeno chapéu de flores ou um diadema de rosas celestes que se deposita sobre a cabeça de Jesus e de Maria. Assim como a rosa é a rainha das flores, assim também o Rosário é a rosa e o primeiro dos atos de piedade.





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O Terço é a Palavra de Deus
" Reze o terço todos os dias "

 
As 20 meditações do Santo Rosário
Mistérios Gozosos
1 — No primeiro mistério contemplamos a Anunciação do anjo e a Encarnação do Verbo.
2 — No segundo mistério contemplamos a Visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel.
3 — No terceiro mistério contemplamos o Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo em Belém.
4 — No quarto mistério contemplamos a Apresentação do Menino Jesus no Templo e a Purificação de Nossa Senhora.
5 — No quinto mistério contemplamos a perda e o encontro do Menino Jesus.
 Mistérios Dolorosos
1 — No primeiro mistério contemplamos a Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras.
2 — No segundo mistério contemplamos a Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
3 — No terceiro mistério contemplamos a Coroação de espinhos de Nosso Senhor.
4 — No quarto mistério contemplamos Nosso Senhor carregando penosamente a Cruz até o alto do Calvário.
5 — No quinto mistério contemplamos a Crucifixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
 Mistérios Luminosos
1 — No primeiro mistério contemplamos o Batismo de Jesus no rio Jordão.
2 — No segundo mistério contemplamos a auto-revelação nas Bodas de Canaã.
3 — No terceiro mistério contemplamos o Anúncio do Reino de Deus convidando à conversão.
4 — No quarto mistério contemplamos a Transfiguração de Jesus.
5 — No quinto mistério contemplamos a instituição da Eucaristia.
Mistérios Gloriosos
1 — No primeiro mistério contemplamos a Ressurreição de Jesus Cristo.
2 — No segundo mistério contemplamos a Ascensão de Jesus aos Céus.
3 — No terceiro mistério contemplamos a descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos no Cenáculo.
4 — No quarto mistério contemplamos a Assunção de Nossa Senhora aos Céus.
5 — No quinto mistério contemplamos a gloriosa coroação de Maria Santíssima como Rainha do Céu e da Terra.


Para quem reza apenas um Terço por dia, meditam-se os:
Mistérios Gozosos às Segundas
Mistérios Dolorosos às Terças e Sextas-feiras
Mistérios Luminosos às Quintas-feiras
Mistérios Gloriosos às Quartas-feiras, Sábados e Domingos